Mais um ano de CCXP! Não, não foi um dos melhores anos. Confesso que os cancelamentos de última hora, a injustiça com as senhas dos autógrafos do Will Smith, a "síndrome de Deus" de alguns convidados e as filas de 5 horas fizeram com que eu e meus amigos ficássemos um pouco decepcionados com essa edição. Um evento que, no começo, se preocupava com a experiência épica dos fãs, acabou se curvando totalmente para o capitalismo. Mas não posso ser hipócrita e dizer que não existiram partes boas. Então, ao invés de transformar esse texto em uma crítica, resolvi ir para o lado good vibes e analisar com carinho os momentos que me fizeram feliz. Aqui vão minhas experiências favoritas dessa CCXP 2017!

  • Robbie Kay


Ao contrário de alguns convidados, Robbie Kay é um amor de pessoa! Comprei uma foto com ele no sábado e finalmente conheci o Peter Pan de Once Upon a Time. Quando entrei na sala, o cumprimentei e falei que gostava muito do trabalho dele. O britânico, bem humorado, respondeu com um "obrigado, eu também gosto do meu trabalho". Nós rimos e, depois da foto, desejei uma boa viagem de volta para os EUA. Ainda tive a oportunidade de vê-lo mais duas vezes de perto, nas filas dos autógrafos da Netflix; sempre simpático e atendendo os fãs com muito carinho.


  • Big Mouth


Depois de correr muito para conseguir as senhas de autógrafos da Netflix, fui conhecer Nick Kroll. Ele disse que tinha ido para a Argentina antes e que gosta muito mais do Brasil. Mas, depois de fazer a famosa pergunta "Messi ou Neymar?", Nick respondeu Messi, mas disse que ainda assim gostava do Brasil. Bem humorado e simpático, alguns famosos (cof cof Danai cof cof) deveriam aprender com o comediante como tratar os fãs.


  • Altered Carbon


Uma das melhores partes do sábado foi conhecer o elenco de Altered Carbon. Joel Kinnaman, Renée Elise Goldsberry, Martha Higareda, Dichen Lachman e Will Yun Lee são maravilhosos! Perguntei para todos o que estavam achando do Brasil e, sorrindo, respondiam que era um país maravilhoso. Joel disse que não queria ir embora! Elogiei Dichen, dizendo que ela era muito bonita. Ela perguntou quanto tempo eu tinha ficado na fila e se desculpou por termos que esperar tanto para vê-los. Eu disse que valia a pena a espera e que estava muito ansiosa para a série nova. Renée disse que tinham chegado naquele mesmo dia ao Brasil, mas que mesmo depois de 9 horas de voo estava muito feliz de estar ali.


  • 3%


Conheci o elenco de 3% em 2016 e nessa edição tive a oportunidade de rever Bianca Comparato e Vaneza Oliveira. Brinquei com Bianca perguntando em inglês se ela estava gostando do Brasil, e ela respondeu, também em inglês, que estava adorando a visita. Rimos juntas e ela me disse que quase escreveu em inglês no autógrafo. "A louca do inglês", eu respondi, rindo. Falei para Vaneza que tinha as conhecido no ano passado e ela me disse para continuar marcando presença nos autógrafos e voltar ano que vem. Eu disse que estava combinado e que estava muito ansiosa para a segunda temporada da série.


  • Conhecer pessoas novas


Porque uma CCXP sem fãs não é uma CCXP. Estou falando da menina que você passa 3 horas conversando na fila de um estande. Estou falando do staff que conta sobre como é trabalhar no evento enquanto você espera para ver seu ator preferido. Estou falando dos cosplayers que fazem com que você se sinta dentro de seu filme favorito ao interpretar os personagens. Estou falando do segurança que te dá um copo d'água porque você esqueceu de comprar antes de sair do evento. Obrigada a todos os amigos que fiz nessa Comic Con Experience, espero encontrá-los de novo ano que vem. 
Três eventos consecutivos dedicados à cultura asiática, dias 1, 9 e 15 de julho! São tantas emoções que se eu fosse contar tudo nos mínimos detalhes eu poderia escrever uma monografia, mas como eu não estou afim de colocar nada nas normas da ABNT, eu resolvi resumir mesmo. Espero que gostem!

KARD

Eu não sei vocês, mas KARD é um dos grupos novos de kpop que mais gosto atualmente. Parece que eles trazem um conceito diferente, sem tentar muito se igualar aos moldes de idols coreanos; como já disseram em entrevista, eles buscam ser reconhecidos pela sua música. E isso está dando super certo, não existe uma canção do grupo que não seja um hit!

Como em todos os shows, a fila é uma das melhores partes. Eu, minha amiga Aninha e minha tia conhecemos pessoas maravilhosas e rimos muito, mesmo debaixo da garoa fria de São Paulo. KARD entrou no palco sem atraso, o Tropical Butantã vibrou com BM, J.Seph, Somin e Jiwoo dançando e cantando "Oh Nana", "Don't Recall" e "Rumor". Teve até sarrada no ar! O que ninguém esperava era uma performance de "Sim ou Não", da cantora Anitta, com direito a coreografia muito bem ensaiada pelo grupo. 


Depois do show, fui direto pra fila do hi-touch, evento separado onde os fãs que pagaram a mais podem ver os membros de perto e fazer um hi-5 com cada um deles. O momento é rápido, mas poder ver seus ídolos de perto não é uma coisa que acontece todo dia; é algo inesquecível. 

Depois, saímos da casa de shows e fomos comer um lanche na lanchonete ao lado. Foi a melhor decisão que tomamos! Vimos uma movimentação de fãs e seguranças em uma das portas do local e pensamos: será que o KARD vai sair por ali? Deixamos nossos lanches com minha tia e saímos correndo até a aglomeração de pessoas. Depois de uns 10 minutos, o grupo saiu, acenando para os fãs e seguindo para a van. Fiz mais um hi-5 com J.Seph antes de ele entrar na van. Muitas emoções para uma noite só!

No outro dia, ainda fomos dar uma volta no Bom Retiro. Passamos pela Estação da Luz, visitamos a Pinacoteca e fomos almoçar no restaurante coreano New Shin-la Kwan. Comemos Bulgogi, tomamos Soju e fomos muito bem atendidas pelo dono Sae Kim. Recomendo!

Anime Friends

Eu e meus amigos, Emidio, Amanda e Jeff passamos um dia maravilhoso no Transamerica Expo Center. Como o pavilhão era grande, ficou muito fácil de se locomover, mesmo com a grande quantidade de pessoas que tinham no evento. Tomamos muito Mupy (tradição na AF) e vimos muitos cosplayers! Tinha Coringa, Loki, Thor, Homem-Aranha, L, Jack Sparrow, Hagrid... achamos até o Seu Madruga!


Fiquei um tempinho no palco dedicado ao kpop para ver o concurso e a dança tradicional coreana; nunca tinha visto ao vivo, me senti em um kdrama de época! Claro que as compras também não poderiam faltar, comprei uma camiseta de KARD, um livro do Alien e um mangá maravilhoso de Sherlock.


No final da tarde, fomos para o palco principal ver o show da banda de rock japonesa Asian Kung-Fu Generation. Eu não tinha ouvido muitas músicas deles antes do evento, mas fui surpreendida com um show energético e apaixonado; os fãs foram à loucura e eu entrei na onda. Não tem como não se contaminar com uma energia tão positiva quanto a de um show!

K-Experience

Mais uma fila para conhecer mais pessoas maravilhosas! Quando chegamos no Espaço Hakka, na Liberdade, já encontramos uma fila enorme de fãs esperando a abertura do evento. Os covers foram ótimos. Vários grupos se apresentaram e era possível ver o brilho nos olhos de cada integrante ao dançar/cantar as músicas ensaiadas. Os MCs arrasaram, foram muito bem escolhidos. Érica Imenes (editora do portal SarangInGayo e escritora) e Lucas Olly (grupos Dazzling e Dream Racer) são amantes do kpop, então souberam bem como animar a platéia que, como disse Érica, parecia uma reunião de "culto ao deus do kpop." 


O fansign foi insano! O melhor momento do evento para mim, me senti na Coreia. Se os meninos são ainda mais bonitos pessoalmente? Sim, eles são! Além disso, são uns amores! Spax, Teno, K-Kid, Jean Paul, Shinwoo, Taichi e DL foram muito atenciosos com cada fã que passou e, quando não havia nenhum fã conversando com eles na mesa, interagiam com a platéia fazendo corações e cantando algumas partes de suas músicas. Fiz hi-5 e elogiei todos os integrantes quando passei para pegar os autógrafos. E, claro, falei para meu bias Shinwoo que ele era meu preferido. É um momento único para cada fã, cada um tem uma experiência diferente e será sempre inesquecível. 

Depois dos covers, finalmente chegou a hora tão esperada: o fanmeeting! Antes do show dos meninos, Soulcry, o produtor do Blanc 7, cantou três músicas, OSTs de kdramas que aqueceram o coração de todos os kpoppers presentes. Eu nunca tinha ouvido nenhuma ballad ao vivo e é realmente emocionante. O Blanc 7 começou o showcase com "Fire" e depois foram direto para "Yeah", o hit do grupo. A felicidade dos meninos em estar ali era visível, Jean Paul (líder) até se emocionou ao cantar uma música só com Shinwoo e Taichi. Se tornar um ídolo do kpop não é uma escolha fácil, depois de tanto esforço, ouvir cerca de mil pessoas do outro lado do oceano cantando suas músicas e gritando seu nome deve ser muito gratificante. Vou continuar apoiando o Blanc 7, ainda mais depois de conhecê-los pessoalmente e ver seu talento e carisma de perto. 


Infelizmente, alguns imprevistos aconteceram na organização do evento e a programação foi atrasada. Isso fez com eu e minha amiga tivéssemos que perder metade do show do Blanc 7, porque precisávamos pegar o ônibus de volta para nossa cidade às 20h30, sendo que o evento terminaria às 19h30 na programação inicial. A dor no coração de ver um grupo de kpop que você gosta no palco e precisar virar as costas para correr para o metrô, foi o pior momento do dia! Embora o Espaço Hakka seja um prédio muito bonito, não foi tão apropriado para o evento. Outra coisa que nos incomodou foi a questão da comida; falta de opções e um preço muito alto, ainda mais para um evento em que a entrada de comidas e bebidas foi proibida pela organização. Sabemos da dificuldade em organizar um evento desses; esperamos que, com esses imprevistos, a K-Experience aprenda com os erros e surpreenda em sua próxima edição. Eu estarei lá para apoiar!

Quando eu ia imaginar que veria dois shows de kpop na mesma semana? Pois é, parece sonho, mas aconteceu. Fui ao show do BTS no dia 20 de março e no dia 26 de março lá estava eu de novo enfrentando fila e calor para ver as meninas do Stellar. Valeu a pena cada segundo; uma semana inesquecível para uma amante da cultura coreana. Bom, aqui vão meus melhores momentos desses dois dias surreais que vivi.


  • Fila do BTS

Uma das melhores partes de um show, pelo menos para mim, é ficar esperando ansiosamente a hora chegar. E que lugar melhor para fazer isso do que uma fila cheia de pessoas que amam a mesma coisa que você? Eu e minha amiga, Aninha, conhecemos ARMYS do Paraná, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Brasília... Gente que veio de muito longe para ter a chance de ver o ouvir o Bangtan de perto. Claro que, depois de 10 horas em uma fila, é impossível não fazer amizade; às 20h já tínhamos até piadas internas!

Sol escaldante, vontade de ir ao banheiro, cansaço, fome... Nada disso importa naquele momento. Fiquei 3 horas na fila do banheiro, mas foram as 3 horas mais rápidas que eu já passei em uma fila. Afinal, em qual fila de banheiro no mundo você fica gritando "J-Hope" a cada 5 minutos? 

Sem contar as "comprinhas" na fila; os camelôs foram embora ricos pra casa depois daquele show. Comprei algumas polaroides, uma faixa, uma camiseta e um colar; quem não gosta de lembrancinha de show, não é, gente?


  • Not Today

A primeira música do show. A primeira vez que eu vi e ouvi o Bangtan ao vivo. O dia que alguma música superar essa como minha favorita eu vou fazer questão de bater palmas. Nunca vou saber explicar o que senti naquele momento, só quem é fã de alguma coisa entende o tamanho desse sentimento.

Quando a cortina caiu depois do MV de Spring Day e eles apareceram no palco, aquele Citibank tremia, de tantos gritos. Apesar de ter que pular muito para conseguir vê-los e estar um pouco atrás na Premium, ainda foi o melhor momento para mim. A letra, a coreografia, as ARMYS cantando todas juntas... Inesquecível! Sem contar o Jimin, que fazia questão de ficar passando a mão no cabelo toda hora para matar quem tem ele como bias; no caso, eu! Como eles podem ser mais bonitos ainda pessoalmente?


  • Reflection

Dia 20 de março de 2017, o dia em que o Namjoon mudou a letra do seu solo para responder aos fanchants das ARMYS brasileiras. Esse dia vai ficar para a história! A ideia do projeto era gritar "We love you" quando o Rap Monster cantasse "I wish I could love myself"; e deu super certo! Já tinha dado certo no dia 19, mas no dia 20 o RapMon resolveu mudar a letra e responder as b-armys, cantando: "Yes, I do love myself".

O Citibank inteiro foi à loucura, afinal, quem ia imaginar que uma coisa dessa aconteceria? Na hora da conversa com os fãs, durante o show, ele fez questão de voltar ao assunto, perguntando o que a gente respondia para ele quando ele falava "I wish I could love myself" em Reflection. Nós respondemos, claro, gritando de novo o fanchant "We love you" e recebendo um "I love you too" do Rap Monster, logo em seguida.

  • Spring Day

Até hoje, não consigo ouvir essa música sem me emocionar. Foi a última música do show e foi, simplesmente, maravilhosa! No final, todo mundo continuou cantando o "Oh oh oh", igual no MV, e levantaram os banners que entregaram na fila. Os meninos no palco, olhando para a platéia e admirando os fãs, enquanto uma chuva de papel picado cobria as ARMYS; um dos momentos mais emocionantes do show, sem dúvida.

O Bangtan pegou algumas bandeiras e camisas do Brasil que os fãs jogaram no palco; Jungkook até correu com a bandeira do Brasil nas costas e Taehyung chorou depois de receber uma camisa da seleção com o seu nome. Foi um momento muito único, tenho certeza que nem o BTS e nem as b-armys vão esquecer dessa Wings Tour.

  • Fansign do Stellar

Meu primeiro fansign! Apesar de ter sido bem rápido, foi muito legal ver as meninas de perto. Elas foram super atenciosas com todos os fãs e mostraram sua simpatia para cada um que passava pela mesa de autógrafos. Deu para perceber a felicidade das meninas com o amor que estavam recebendo dos fãs brasileiros. 

Dei uma pelúcia do Ursinho Pooh para a Gayoung, minha bias, e ela foi super fofa, me agradecendo e fazendo hi touch comigo. Na verdade, fiz hi touch com todas elas, que foram muito simpáticas, arriscando um "obrigada" e um "te amo" de vez em quando. E sim, elas são mais bonitas ainda pessoalmente, se é que isso é possível.


  • Funk e Samba

E não é que as meninas tem jeito para as danças brasileiras? Em pausas durante o show, as integrantes dançaram com alguns fãs sortudos que foram chamados ao palco. Não é todo dia que você vê Stellar dançando "Deu onda"!

  • Vibrato

Umas das partes mais legais, para mim, foi quando as meninas entraram com a camisa do Brasil para cantar a última música, Vibrato. Além de ser uma de minhas músicas favoritas do grupo, as meninas ficaram interagindo muito com os fãs, pegando celulares para tirar selfies enquanto cantavam. Na verdade, interagiram com os fãs durante o show inteiro; estavam super à vontade no palco e também muito felizes ao ouvir o coro do Clash Club junto de suas músicas.



Semana inesquecível, muitas emoções que vão ficar na memória. Espero que todos os outros fãs tenham se divertido tanto quanto eu me diverti. Depois desses shows, só consigo admirar mais ainda BTS e Stellar; mal posso esperar pelos próximos comebacks e shows no Brasil. 
intercambista Bora Lee, de 24 anos, vem direto da Coreia do Sul para explicar um pouco sobre esse termo tão popular nos dias de hoje

A cultura coreana está cada vez mais famosa no mundo e, um dos produtos mais exportados pela Coreia do Sul, além dos doramas, é o kpop. O gênero musical coreano tem ganhado cada vez mais visibilidade internacional, com grupos fazendo turnês mundiais para divulgar ainda mais seu trabalho. A maior divulgação vem pelo Youtube, com seu compartilhamento mundial de vídeos, fazendo com que mais e mais fãs sejam criados a cada visualização.

estudante Bora Lee, do Dong-ah Institute of Media and Artsveio passar esse semestre no Brasil para dar aulas de dança de kpop na Unicamp. Ela chegou no dia 21 de março e já está gostando muito do país; Bora nasceu na Coreia do Sul, tem 24 anos e está visitando o Brasil pela primeira vez. Muito comunicativa, a professora respondeu algumas perguntas para nos ajudar a entender um pouquinho mais sobre kpop e sua influência na Coreia e no mundo. Agradeço à professora Junghee Lee por ajudar na tradução da entrevista.

  1. Muitas pessoas, quando ouvem "kpop", não sabem o que isso quer dizer. Você poderia explicar um pouquinho pra gente sobre esse gênero musical? Afinal, o que é kpop?


Kpop é a música popular coreana. Então, todo canto coreano é kpop. Os fãs do mundo inteiro acham que somente as canções dos ídolos coreanos e grupos recentes são kpop; 99% das pessoas acha que o kpop é só isso. Existem vários tipos de kpopballad, que é o que toca em dramas, como Goblin, por exemplo; trot, que é independente da idade, a maioria dos coreanos gostam; hip hop, hoje em dia, é o mais popular, o mais famoso é o Dean, ele é o mais popular da Coreia. 

  1. Qual a importância do kpop para a Coreia do Sul? 


Os coreanos adoram música, canto... desde que acordo até a hora que vou dormir, eu acompanho o kpop. Quando nós ouvimos as músicas, o humor muda; você fica mais animado. A maioria dos coreanos ouve essas músicas para se animar, refrescar a alma, esse tipo de coisa. Como vocês também fazem. Depende do clima também; quando chove nós ouvimos mais ballad. Depende da estação; dependendo do clima, temos preferência de músicas diferentes. 

  1. Como era seu contato com o kpop na Coreia?  


É como se fosse uma rotina, desde criança até agora. Os coreanos ouvem muita música. E sempre saem novidades, a cada segundo, a cada momento. Tem os mais populares, o top 10; atualmente, os primeiros são TwiceTaeyeon (Girls Generation) e Girlfriend. Mesmo já tendo acabado, a OST (trilha sonora) de Goblin ainda está em primeiro lugar.

  1. kpop, na maioria das vezes, mistura inglês com coreano e, às vezes, os grupos até criam letras em mandarim e japonês de uma mesma música. Por que você acredita que existe essa mistura de idiomas?  


Nunca pensei sobre isso. Mas, acho que querem mostrar o significado das músicas em várias línguas. Por exemplo, saranghae em coreano quer dizer eu te amo, então eles mudam para I love you. Acho que eles não tinham o propósito de atingir mais pessoas do mundo mudando o idioma desse jeito, mas foi o resultado, e deu certo. 

  1. Existem muitos grupos que contam com ídolos de outras nacionalidades. Por exemplo, no EXO temos o Lay, que é chinês. O que você pensa sobre essa mistura de nacionalidades no kpop?  


Antes não tinham estrangeiros, eram só coreanos, mas, como o kpop está crescendo no mundo inteiro, os presidentes das empresas (de kpop) pegam várias nacionalidades, para ajudar a espalhar a popularidade no mundo. Porque uma pessoa que fala inglês, por exemplo, pode conversar com os fãs nos EUA e nos outros países que falam inglês. Por exemplo, se um brasileiro entrar como membro de um grupo, o Brasil vai ter mais interesse sobre esse grupo, vai ter mais contato. 

  1.  O grupo KARD debutou no fim de 2016 e é composto por dois homens e duas mulheres, diferente da maioria dos grupos de kpop que geralmente são só femininos ou só masculinos. Você acha que os grupos mistos vão fazer sucesso? Por quê?  


Nos anos 90, tinham esses grupos mistos; mas, hoje em dia, não, não existem muitos mais. Só existe esse grupo, o resto é somente feminino ou somente masculino; então, acho que vai dar certo. Eu não conhecia KARD, mas descobri recentemente que o grupo não faz atividades na Coreia. Alguns amigos meus, que trabalham fora da Coreia, me apresentaram o KARD, pois ele faz muito sucesso no exterior. Se fizer mesmo sucesso, com certeza vão ser lançados outros grupos mistos. 

  1. Hoje podemos ver pelo mundo vários dramas coreanos no Netflix e várias turnês mundiais de shows de kpopPor que você acha que a cultura coreana está se popularizando tanto pelo mundo? 


Eu fiquei muito surpresa com essa popularização; não sei o porquê. Na Coreia, é normal ouvir kpop, assistir dramas coreanos... Como as pessoas do mundo descobrem esses dramas coreanos e o kpop? Isso para mim é sempre um mistério. Para todos os coreanos é uma surpresa que os dramas e o kpop estejam fazendo tanto sucesso; nós nos sentimos muito felizes e muito orgulhosos disso. 

  1. Muitos ídolos do kpop acabam atuando em dramas coreanos também, o que você pensa sobre isso? Você acha que isso ajuda na popularização do kpop? 


Eles são chamados pelos diretores por causa de sua popularidade. O diretor escolhe o cantor mais popular para atuar no drama, mas muitas vezes os que assistem nem sabem que ele é um cantor, já que existem muitos grupos de kpop na Coreia. Quando um cantor ou cantora é chamado para fazer um drama e fazem sucesso, o público conhece mais eles e a popularidade dele e do grupo aumentam. Basicamente, se ele cantar bem e atuar bem, ele é perfeito. Por exemplo, a Suzy, do Miss A, depois de filmar um drama, sua popularidade aumentou. Mas, acho que isso tira a vaga de muitos atores e atrizes. Eles precisam passar pela seleção de elenco; quando há um ídolo do kpop disputando, ele tira o lugar desse ator. O público não gosta muito disso; cantor é cantor e ator é ator. Não podem tirar o lugar do outro só porque o k-idol (ídolo coreano) é bonito e tem popularidade. Pessoalmente, eu também acho que ser um k-idol não é fácil; eles treinam muito, se esforçam muito, então isso é bom para eles. 

  1. No Brasil, já tivemos shows como Super Junior, BTS, Shinee, BAP, 24K... Nesse ano, já estão confirmados 4 shows de kpop em terras brasileiras. Dois já aconteceram, BTS e Stellar; ainda temos as apresentações de Masc e KARD. A popularidade do kpop aqui foi um dos motivos de você ter escolhido vir para cá? Você sabia que o nosso país se interessava tanto pela cultura coreana? 


Eu sabia sim, os noticiários sempre anunciam que o Brasil gosta muito de kpop, como por exemplo o PSY. Não precisei nem pesquisar, a TV sempre fala disso. Eu não escolhi vir pra cá, na verdade, eu fui escolhida; mas estou gostando, estou feliz por conhecer vocês. 

  1. Quais grupos você considera mais talentosos em questão de vocal, rap e dança? 


No rap, gosto de Big Bang, BTS e Monsta X. Na dança, acho que BTS e GOT7. No vocal, gosto de BtoB. Existem também muitos programas de seleção que lançam muitos grupos talentosos. 

  1. Você já viu algum k-idol pessoalmente? 


Já fui no show da Ailee e do PSY. Eu trabalhei em uma rádio por um tempo, e encontrei vários grupos; fiquei no mesmo cômodo que o GOT7 e acabei conversando um pouquinho com eles. 

  1. Como será o seu curso de kpop na Unicamp? O que você pretende ensinar para os alunos em sua passagem pelo Brasil? 


Vou ensinar as coreografias e gostaria de fazer flash mobs, se for possível. Já fizeram alguns no Uruguai e eu achei interessante. 

  1. O que você diria para uma pessoa que ainda não conhece o kpop e tem curiosidade? Por onde começar?  


Acho que, fora da Coreia, o pessoal costuma gostar do estilo de dança dkpop; uma dança bem intensa. Na Coreia, costumamos ouvir primeiro a música; se não gostarmos, nem olhamos o grupo. Mas, fora da Coreia, as pessoas geralmente conhecem através do Youtube. Aconselho que mostrem alguns dos vários vídeos do Youtube para essa pessoa que não conhece.